Escuto a vida
Embora o meu olhar não possa abranger, é um pouco este, o ambiente da paisagem que se desenha fora do edifício deste hospital do Fundão onde me encontro, hoje pelo terceiro dia. Uma gastroenterite, ou algo semelhante, que surpreendeu a minha quarta feira com alguns projectos e me fez ir parar ao hospital da Covilhã, desidratada e com baixas defesas. A transferência para esta nova unidade que pertence ao Centro Hospitalar da Cova da Beira, é especialmente para ficar mais resguardada de outras infecções. Para estes casos existem aqui algumas alternativas como a de permanecer num quarto sozinha. E aqui estou eu... hoje, bastante melhor e com possibilidades de ter o computador comigo para comunicar. Sei que há sofrimento à minha volta, mas não vejo… só sinto, só oiço os murmúrios... Tal como sei que há amor que não se vê, só pode escutar-se e sentir-se em pequenos gestos ou sinais, mas é um amor que se fortalece na vida que oferece!
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