A mais bela mensagem de Natal

A lua não mente. Cresce como diz. O calor aperta húmido e implacável. A árvore de Natal não existe, mas quando surge vem despida de ricos adornos. Às vezes nem é árvore. É só palmeira.
O caminho é pobre, suado, carregado de pó, silencioso, descalço, discreto... Mas é caminho e vai-se fazendo. O comércio não aproveita esta estrada toda. Fica na monotonia dos seus normais carreiros terrosos. Os preços aumentam só porque sim. Só porque alguém ouviu dizer que é festa. Se é festa, é festa. Há que aproveitar.
Ouvem-se cânticos, mas só ao longe são natalícios. Os barretes vermelhos com que a Coca-cola vestiu S. Nicolau ficaram lá para trás, numa metrópole distante que os adoptou apenas pela atracção da cor. Quem tem cabeça deseja-a despida desses calores exagerados das terras do Norte. A própria Coca-cola deixou de poder refrescar. Esgotou-se a meio do caminho e decidiu não chegar ao fim. Não importa. Vem connosco a água, verdadeira, filtrada e pura, sequiosa de chegar ao seu destino: aquela gruta tão pobrezinha onde nasceu o Menino, a Luz do mundo.
É assim o caminho para Belém em Moçambique. Tal como o sol, o ponto de partida é o mesmo. O destino também é o mesmo. Mas o caminho faz-se pelo outro lado. É um caminho bonito, em muitas coisas mais verdadeiro e em maior comunhão com aquela pequena manjedoura improvisada.
Aqui, como em qualquer lado, quem toma este caminho quer chegar até ao fim, onde se canta com toda a alegria Gloria in excelsis Deo embalando o Menino, nosso Senhor, que dorme em palhinhas deitado.
Desejo um Feliz Natal cheio desta alegria do Menino Jesus que África sabe viver tão bem.
Francisco Campos, sj
O caminho é pobre, suado, carregado de pó, silencioso, descalço, discreto... Mas é caminho e vai-se fazendo. O comércio não aproveita esta estrada toda. Fica na monotonia dos seus normais carreiros terrosos. Os preços aumentam só porque sim. Só porque alguém ouviu dizer que é festa. Se é festa, é festa. Há que aproveitar.
Ouvem-se cânticos, mas só ao longe são natalícios. Os barretes vermelhos com que a Coca-cola vestiu S. Nicolau ficaram lá para trás, numa metrópole distante que os adoptou apenas pela atracção da cor. Quem tem cabeça deseja-a despida desses calores exagerados das terras do Norte. A própria Coca-cola deixou de poder refrescar. Esgotou-se a meio do caminho e decidiu não chegar ao fim. Não importa. Vem connosco a água, verdadeira, filtrada e pura, sequiosa de chegar ao seu destino: aquela gruta tão pobrezinha onde nasceu o Menino, a Luz do mundo.
É assim o caminho para Belém em Moçambique. Tal como o sol, o ponto de partida é o mesmo. O destino também é o mesmo. Mas o caminho faz-se pelo outro lado. É um caminho bonito, em muitas coisas mais verdadeiro e em maior comunhão com aquela pequena manjedoura improvisada.
Aqui, como em qualquer lado, quem toma este caminho quer chegar até ao fim, onde se canta com toda a alegria Gloria in excelsis Deo embalando o Menino, nosso Senhor, que dorme em palhinhas deitado.
Desejo um Feliz Natal cheio desta alegria do Menino Jesus que África sabe viver tão bem.
Francisco Campos, sj
Comentários
Alice, que bela mensagem de Natal!
Obrigada por a partilhares connosco.
SS