O Pai...

O dia estava mais quente e cheio de Sol, foi bom ter algum tempo em que estive sozinha e pude pensar... sentido-me serena e livre!
Deixo por isso alguns extractos do "Regresso do filho pródigo" de Henri Nouwen.
Porquê? Porque sim...Porque também eu sou filha deste Pai.



«Quando ainda estava longe, o pai avistou-o e teve compaixão. Correu ao seu encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos».

“Parece que as mãos que tocam nas costas do filho recém-chegado, são os instrumentos do olhar interior do Pai. Este, quase cego, vê muito mais. O seu olhar é um olhar eterno, um olhar que abarca toda a humanidade. É um olhar que compreende o extravio das mulheres e dos homens de todos os tempos e lugares, que conhece, com imensa compaixão, o sofrimento daqueles que optaram por se ir embora de casa…O coração do Pai arde num desejo imenso de levar os filhos para casa.
Quanto desejaria falar com eles, adverti-los dos perigos, convencê-los de que, em casa, podem encontrar tudo o que andam a procurar noutros lugares! Quanto gostaria de os salvar com a sua autoridade paterna e de os ter por perto para nada lhes acontecer!”

Como Pai, quer que os filhos sejam livres para amar...Esta liberdade inclui a possibilidade de se irem embora de casa… Como Pai, a única autoridade que para Si reclama, é a autoridade da compaixão. Essa autoridade advém-Lhe de permitir que os pecados dos filhos lhe penetrem o coração… A dor é muito profunda, precisamente por o coração do Pai ser muito puro. É a partir desse lugar profundo onde o amor abraça toda a dor humana, que o Pai vai até aos filhos. O contacto das suas mãos, que irradiam luz interior, só procura curar."

"É neste Deus que quero acreditar: Um pai que, desde o princípio da criação, abre os braços numa bênção cheia de misericórdia, sem forçar ninguém, mas esperando sempre; sem deixar cair os braços, e esperando sempre que os filhos regressem para lhes poder falar com palavras de amor e para deixar que os braços cansados repousem nos seus ombros. O seu único desejo é ABENÇOAR."


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